Uncharted 3: Drake’s Deception
Os jogos exclusivos são um dos principais motivos que ajudam
a manter a velha, e já fora de moda, guerra de consoles existente até os dias
de hoje. Após, aproximadamente, cinco anos de consoles da nova geração, são os
jogos exclusivos que ainda ajudam a manter a base de consoles em constante
crescimento – por incrÃvel que pareça.
A série Uncharted atualmente é considerada um dos trunfos da
Sony nos consoles e portáteis da atualidade, mas nem sempre foi assim. O game
surgiu no console da gigante japonesa anos atrás, de forma despretensiosa, sem
qualquer intenção de se tornar um campeão de vendas do Playstation 3. Contudo,
desde o lançamento de seu primeiro tÃtulo, o jogo ganhou uma legião de fãs, que
por conta de sua história bastante envolvente, uma jogabilidade divertida e uma
boa pitada de humor, resultam num bom número de vendas a cada tÃtulo lançado
por sua produtora – Naughty Dog – e assim, tornando os jogos que contam as
aventuras de Nathan Drake um dos principais games exclusivos do PS3 da
atualidade.
Pois bem, neste mês de novembro (dia 1º) tivemos o
lançamento de “Uncharted 3: Drake’s Deception”, o novo tÃtulo da série de Drake
e seus amigos – e você confere agora nossa análise completa e detalhada do
game.
História divertida
Um dos principais pontos da série Uncharted é sua história,
que neste novo tÃtulo “Drake’s Deception” está mais divertida do que nunca.
Aqui, Drake e seus amigos, Sullivan, Chloe e Elena ganham um novo aliado, o mal
encarado – mas medroso – Charlie Cutter. A chegada deste novo personagem Ã
trama adiciona ao enredo do game novas informações e caracterÃsticas
interessantes, e principalmente ajudam a nortear a narrativa desta nova
aventura de Nathan Drake apresentada em “Uncharted 3”.
É com este novo personagem que a trama tem seu inicio, logo
após serem confrontados com a nova vilã Katherine Marlowe – uma inimiga fria e
inteligente, lÃder de uma sociedade secreta, e que se diz dona do anel Sr.
Francis Drake, e que em uma emboscada acaba tomando o anel de Nathan Drake e
parte em busca de pistas para encontrar o velho tesouro de Francis Drake.
A partir daÃ, temos o desenrolar da história de U3, pois
Drake e Sullivan partem em busca da retomada do anel que é a chave para
desvendar novas pistas do tesouro de Sr. Francis Drake – que teria sido enviado
pela rainha da Inglaterra para encontrar um tesouro perdido na cidade conhecida
como “A Atlântida das Areias” – uma cidade escondida no meio do deserto e
desconhecida por todos.
Com o desenrolar da história, a cada novo capÃtulo do game
temos novas revelações acrescentadas em sua narrativa, que ajudam até mesmo a
entender, por exemplo, como Drake e Sullivan tornaram-se amigos inseparáveis.
Por outro lado, não há uma profundidade na participação dos personagens
principais na trama, o que poderia torná-la ainda mais robusta e sólida,
contudo ela consegue manter-se de pé o suficiente para não atrapalhar o desenvolvimento
de sua história.
De forma geral, não temos muitas reviravoltas em seu enredo
– pelo contrário, o game é bastante linear, até mesmo em sua narrativa, porém,
a forma como ela é apresentada torna-se algo realmente bom de ser experenciado,
pois a sequência dos acontecimentos ocorre de forma natural, não forçada,
lembrando até o roteiro de um filme de ação de Hollywood, com alguns clichês
sim, mas muito bem executado.
Gameplay viciante e muito natural
A ação é constante no jogo, pois a todo o momento temos a
dupla Sullivan e Drake em apuros, desencadeando em cenas tÃpicas de ação
hollywoodiana, mas ao mesmo tempo – e para o alÃvio de todos – há momentos de
tranqüilidade, que são apresentados em seu gameplay por meio dos puzzles, onde
é necessário resolver o quebra-cabeça para avançar no jogo. Tudo isso acontece
de forma natural, e este é um dos destaques de “Uncharted 3”: sua jogabilidade.
Tudo acontece de forma muito natural – os comando e
controles são os mesmos, mas foram levemente melhorados, pois agora as
animações de Drake estão mais realistas, suas reações e interações com os
cenários são bastante convincentes, o que torna então sua tal “jogabilidade”
muito fluÃda e gostosa de jogar. Para se ter uma ideia, por exemplo, sempre que
Drake está próximo de encostar-se numa parede, o personagem simplesmente não
esbarra diretamente nela, como na maioria dos jogos, e sim põe a mão na parede
e desliza sobre ela – pode parecer uma coisa banal, mas ajuda e muito na
fluidez de seu gameplay e aumenta ainda mais a naturalidade das animações de
Drake durante o jogo.
Este tipo de interação com o cenário é ainda maior, pois em
alguns momentos Drake usa até objetos que ambientam o cenário para bater em
seus inimigos: panelas, portas de freezers e até um peixe da feira são usados
por nosso herói na hora da pancadaria, e isso é divertido demais ao ser observado.
São caracterÃsticas como estas que tornam, de fato,
“Uncharted 3: Drake’s Deception” um ótimo game para se jogar, pois seu conjunto
de boas caracterÃsticas em suas animações e comandos ‘grudam’ o jogador no
controle ao ponto de fazê-lo jogar por horas a fio sem nem ver o tempo
passar.
Gráficos extremamente detalhados
Outro grande pilar – se não o maior deles – quando falamos
deste novo tÃtulo “Drake’s Deception” são seus gráficos. Extremamente
detalhados, bonitos e de muito bom gosto, dão um show à parte. Como nos jogos
anteriores da série, a variedade de cenários ainda é constante: a cada novo
capÃtulo vemos uma nova paleta de cores sendo trabalhada, seus efeitos de luz e
sombra são um dos melhores já vistos nos consoles.
Com relação aos seus ambientes, desde florestas complexas
bastante coloridas até uma simples parede com um reflexo de luz, todos são bem
elaborados e recebem uma texturização bonita e convincente – o que ajuda não
apenas em fazer a narrativa do game contar sua história, mas também aumenta a
imersão do jogador em toda atmosfera criada pelos produtores.
Seja em momentos de ação ou de calmaria, todo o aspecto
gráfico do game com sua diversificada paleta de cores aplicadas em cenários
brilhantes, resulta em conjunto numa obra prima da tecnologia dos jogos de
videogame – daquelas que prendem o jogador do começo ao fim e o fazem prestar
atenção nos detalhes do jogo, por menor que eles sejam.
A preocupação da Naughty Dog com os pequenos detalhes fica
nÃtida no game, e por conta disso, garantem a “Uncharted 3” um dos melhores
gráficos vistos nesta geração dos consoles.
Em contrapartida, vale lembrar que “U3” tem compatibilidade
com a tecnologia 3D – que segundo a produtora, utilizada junto ao motor gráfico
da Naughty Dog, auxiliaria os jogadores a visualizar partes do cenário como:
esquinas onde o inimigo o espera, ou então para ver melhor a escala dos objetos
nos variados ambientes – porém, nada disso acontece. O efeito 3D é praticamente
nulo, e nem mesmo as legendas são destacas ou ganham profundidade. Em resumo,
seria melhor não ter o anúncio de compatibilidade 3D no tÃtulo, pois na
prática, ela não existe – o que é uma pena.
Online – Multiplayer e Cooperativo
Para aumentar um pouco mais a longevidade do game, “U3”
conta ainda com modos de jogos cooperativo e multiplayer online. Com destaque
maior para este seu último modo online, que conta com diversos mapas, uma
customização bastante extensa – que vai desde os personagens selecionáveis,
suas armas, seus atributos e até acessórios em seu armamento. Com diversos
modos de jogos, que vão desde o conhecido mata-mata (teamdeathmatch) até o
velho free for all, “Drake’s Deception” possui uma experiência multiplayer
bastante completa, e que ajuda a manter o fator replay do jogo em alta – sem
falar dos conteúdos extras disponibilizados via download pago (DLC) que devem
surgir aos montes.
Além disso, há também um sistema novo criado pela produtora
para esta sua nova versão, batizado de “buddy system”. Com ele, sempre que você
eliminar o inimigo com um ataque em conjunto com algum integrante de seu grupo,
é possÃvel fazer um tÃpico “bate aqui” – um aperto de mão entre você e um amigo
– que lhes dará uma recompensa maior no multiplayer, aumentando a pontuação
durante a partida. Este sistema permite também dar Spawn onde está um amigo seu
time, ou até doar tesouros para eles, ajudando seu gameplay em uma partida. Por
fim, há ainda integração com o youtube e facebook – ainda funcionando com
instabilidades – onde é possÃvel convidar/localizar amigos por meio da rede
social. E para os exibidos de plantão, é possÃvel salvar suas partidas no
servidor da Naughty Dog, assisti-la ou mandar aquele upload posteriormente.
Portanto, um multiplayer pra ninguém botar defeito.
Por outro lado, é preciso levar em consideração que, entre
todas as produtoras e distribuidoras que estão investindo no mercado
brasileiro, talvez a Sony e suas produtoras parceiras sejam as que mais estão
arriscando, tentando inserir não apenas legendas em seus jogos vendidos por
aqui – o que é o mais fácil – mas também tentando dublar o jogo por completo e
melhorar a experiência para o público brasileiro. Uma pena que ainda não foi
dessa vez, mas lembremos do ditado: “água mole em pedra dura…” – e uma hora há
de ficar bom.
Por fim, uma aventura épica que deve ser experimentada
A preocupação da Naughty Dog com os pequenos detalhes tornam
“Uncharted 3” um jogo grandioso, com uma boa trilha sonora, animações
divertidas e convincentes e um dos melhores gráficos já vistos no PS3 até
então.
“Drake’s Deception”
se torna mais um tÃtulo obrigatório para todos os apreciadores do mundo dos
videogames. Quem não jogá-lo, está perdendo uma experiência incrÃvel, quase
cinematográfica.
“Uncharted 3: Drake’s
Deception” foi lançado dia 01 de novembro no mercado norte-americano, com
exclusividade para o PS3. No Brasil, o game tem lançamento previsto para o dia
22 de novembro.
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